Dos corpos que quis
Pequenos, esguios, tímidos
Só o teu virou poesia
Quando cruzou com minha língua
Dos pelos deixados no rosto
Desleixados da vida
Os teus me arranharam mais fundo
Cortes na alma
Das muitas bebidas oferecidas
Quase sempre amargas
Só a tua era cristalina
Era pura, sacra
Das noites em bares solitários
Com músicas que me torturam
Dos porres que muitos tive
Dos amores que nunca duram
Dos espelhos que revelam o mundo
Dos cheiros mais entorpecentes
Só restou a vontade agoniante
De, por um segundo,
Estar de novo em ti
Lindo
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