Repetidas vezes
Pelo decorrer do hoje
Expulsei teu nome
Do cerne de meu devaneio
Acordou-se a vila
Ao som de meus berros
-Pedindo por teu corpo-
Antes mesmo do sino tocar
Cuspi tua vida no prato
No meio do refeitório
E as velhas morreram de asco
Por teus detalhes sórdidos
Teu corpo, em minha língua
Virou canção. Fiz voz e violão
Na praça, no sol ardente
Em projetos e nas reuniões
E sob a penumbra,
Risquei em batom vermelho
O contorno dos teus lábios
No espelho de um banheiro
Imundo e inundado
No auge da embriaguez, na calçada
Vomitei- já no final do dia-
Além do álcool
As juras de amor que não vieste ouvir
Minha encardida poesia