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1 de dezembro de 2013

Apaga a luz

O último a sair
Carrega a cruz

Carrega a escuridão pesada
Em volta dos olhos
Arrasta um corpo cansado
À procura de luz

O último a sair
Apaga a paz

Só não apaga a tortura
De se ver no espelho
E encontrar o mesmo rosto
De dias atrás

O último a luzir
Apaga a saída

Fica preso na memória
Da velha constelação
E suplica à solidão
Que lhe devolva a vida

A saída da luz
Apaga o último

É que ninguém pode viver só.