Carrega a cruz
Carrega a escuridão pesada
Em volta dos olhos
Arrasta um corpo cansado
À procura de luz
O último a sair
Apaga a paz
Só não apaga a tortura
De se ver no espelho
E encontrar o mesmo rosto
De dias atrás
O último a luzir
Apaga a saída
Fica preso na memória
Da velha constelação
E suplica à solidão
Que lhe devolva a vida
A saída da luz
Apaga o último
É que ninguém pode viver só.